Sistema de Captação de Água da Chuva

Águas curativas de São Lourenço

Médica receita água para curar doenças

Vídeo da reportagem, clique AQUI!

Lençóis d'água ricos em minérios escorrem pelas fontes de São Lourenço (MG) e ajudam a tratar rins e problemas no estômago.

BEATRIZ THIELMANN São Lourenço, MG



A viagem do Globo Repórter pelo país das águas começa em uma velha estrada de ferro. Ela existe desde 1884. A equipe de repórter embarcou no trem que transporta brasileiros em busca de cura. A primeira parada é nas fontes da saúde.

A Maria Fumaça passa pelas montanhas de São Lourenço, em Minas Gerais. Ricas em minério, elas guardam, no subsolo, um tesouro que muita gente vai procurar: incontáveis minas de águas minerais.

“Elas têm propriedades medicinais. Tem para os olhos e para o fígado. Cada uma tem propriedades que ajudam na saúde”, ressalta a empresária Gislene Moreira.

As águas percorrem verdadeiros lençóis de minérios e escorrem pelas fontes de um parque, bem no centro de São Lourenço. Resultado? Das bicas jorram águas magnesianas, ferruginosas, sulfurosas e alcalinas que têm curado muita gente.

“Eu apanho uma água que é para os cálculos renais. Eu vou apanhar uma outra que é a alcalina, que é para o ácido úrico. Eu evito o remédio também. O meu pezinho incha se eu não tomar”, conta o motorista de táxi Adilson dos Santos. “Não é questão de acreditar no poder dela. É a questão de você vê o resultado”.

A dona de casa Eriete de Freitas também não dúvida. Com problemas graves nos rins e no estômago, ela não podia ficar sem remédios, e os efeitos colaterais aumentavam a cada dia. Com recomendação médica, ela começou a se tratar com as águas medicinais.

“Eu desinchei. Estava muito inchada por causa da cortisona, mas comecei a tomar água. Agora, meus rins funcionam muito bem agora. Não preciso de remédio”, revela Eriete. “A gente toma remédio para uma coisa piora outra. E a água não. A água traz só benefícios para a gente”.

“Eu tenho acompanhamento médico. Todos os meses, vou na médica”, diz Eriete.

A médica Maria Celina de Mattos é a pioneira na cidade. Médica do Sistema Único de Saúde (SUS), ela já tratou mais de 80 pacientes só com as águas medicinais. A sala de espera está sempre cheia.

O caso da professora Márcia Stusse Martins é surpreendente. Foram três anos de dores causadas por dois cálculos no rim direito, várias internações e uma tentativa de extrair as pedras a laser, mas não adiantou.

“Eu teria que refazer uma cirurgia. Foi quando eu resolvi fazer esse tratamento com as águas minerais com a Dra. Celina. Bebo de três e a cinco águas alcalinas, aqui de São Lourenço mesmo. No 15ª dia, eu senti alívio. Foi como se tivesse saído tudo mesmo. E nunca mais tive nada”, afirma a professora Márcia Stusse Martins. “Eu não vi a pedra, mas eu senti um peso, senti cólica renal. Depois daquele dia, parece que foi uma descarga que eu tive que eu acho que saiu tudo”.

Com os exames de Márcia na mão, a Dra. Celina de Mattos conta como sabe que a dona Márcia se livrou do cálculo. “No dia 26 de novembro de 2007, ela tinha cálculo no rim direito dela. Depois, ela me procurou em fevereiro de 2008. Nós fizemos o tratamento com as águas. E dá para ver que a bexiga está livre, que o rim esquerdo está livre e o rim direito, livre. Então, isso me garante que ela não tem mais o cálculo renal”, explica a médica.

Foi assim também com a aposentada Ana Maria Melo de Souza que se espantou com o resultado da ultrassonografia: gordura no fígado. Ela seguiu à risca a receita da médica.

“Ela passou a água magnesiana. Eu comecei a tomar, fiz o exame de novo e já deu que tinha melhorado”, conta Ana.

A aposentada Carmem de Azevedo passou anos procurando a cura dos problemas urinários. Em 15 dias de tratamento com as águas, ela ficou curada.

“Eu não tomei outro remédio. Eu só tomei a água. Passou um tempinho e eu não sentia dor. Inclusive o fluxo urinário aumentou”, conta Carmem.

A Dra. Celina diz as mudanças que poderiam acontecer no atendimento de saúde no Brasil se o tratamento com águas minerais fosse adotado. “O primeiro impacto seria o lado emocional do paciente, porque ele não iria tanto para o hospital, não passaria por cirurgias e medicações. E seria menos oneroso. Você não vai ter nenhum gasto financeiro, vai utilizar só água mineral”, ressalta.

“A gente fala das águas, e está tudo documentado. A gente tem que documentar para as pessoas poderem acreditar”, afirma a médica.

O Caminho do Artesanato, by Laurenta

Um programa de televisão, mostrando um local chamado "Estrada Bonita", em Santa Catarina, inspirou a artesã Flora Maria Mello a criar o "Caminho do Artesanato" em São Lourenço, com o mesmo objetivo: levar o turista à casa do artesão para conhecer sua arte, o uso da matéria-prima e resgatar o valor cultural da produção artesanal da região.

A idéia surgiu em 1995 e no ano seguinte o caminho já era uma realidade, unindo diversos artesãos da zona rural e urbana. Hoje, o Caminho do Artesanato reúne produtos como tapetes feitos em tear manual, artesanato em papel reciclado, flores secas, papel machê, frutas em madeira, bonecos de pano, cerâmica utilitária, pintura barroca, além de produtores de queijos, doces, mel e hortaliças.

Parte dessa produção fica exposta na lojinha do Caminho do Artesanato, na Aldeia Vila Verde, centro de São Lourenço. Outros produtos são vendidos na Parada Ramon, uma antiga estação ferroviária localizada na saída para Caxambu, em frente ao Hotel fazenda Ramon. O Caminho do Artesanato ainda passa por sítios ao longo do Anel Rodoviário e os bairros Cafundó, Estação, Porta do Céu, Vale dos Pinheiros e a vizinha cidade de Carmo de Minas.

Apesar de existente há cerca de nove anos, o projeto "Caminho do Artesanato" ainda encontra dificuldades na divulgação e infra-estrutura, segundo Flora Mello. "A zona rural, por exemplo, precisa de boas estradas e sinalização para o visitante chegar e isso o artesão não tem como fazer", declara Flora. Por isso, desde o ano passado, a artesã vem procurando o apoio do Instituto Estrada Real, que agora se concretiza.

Nos dias 16 e 17 de março representantes do Instituto Estrada Real, Ministério do Turismo e Centro CAPE vieram a São Lourenço para conhecer o Caminho do Artesanato.

"Eu estou completamente encantada, porque a gente viu produtos diferentes, característicos da região e o uso de espaços bastante interessantes como a parada da linha ferroviária e a zona rural. Essa identidade tem que ser mostrada para quem vem de fora e eu acredito que o Caminho do Artesanato pode fortalecer o roteiro da Estrada Real, assim como o Projeto Estrada Real pode fortalecer o Caminho", disse Marina Simião, do Instituto Euvaldo Lodi, que realiza o projeto Produção Associada ao Turismo com o Instituto Estrada Real, o Ministério do Turismo e o Centro CAPE.

O projeto Produção Associada ao Turismo está trabalhando no desenvolvimento de quatro produtos como atrativos turísticos da Estrada Real: o artesanato, a cachaça, queijos especiais e gemas e jóias.

Ana Suely Zerbini, do Ministério do Turismo, afirmou durante a visita que o Ministério pode oferecer apoio ao Projeto, desde que seja encaminhado de forma correta, através do Estado. Segundo ela, a divulgação do Caminho em outros pontos da Estrada Real pode atrair mesmo o turista que não planeja visitar o município de São Lourenço, mas deseja conhecer o artesanato da região.

Ana Suely ressaltou a importância da promoção do trabalho dos artesãos, para que tenham para quem vender seus produtos e também a capacidade de produção para que seja possível atender o maior fluxo de turistas quando o projeto alcançar o sucesso.

Vera Meira, do Instituto CAPE, que executa o projeto Produção Associada ao Turismo, também participou da visita e não resistiu a fazer compras pelo caminho.

A parceria com institutos importantes e o governo federal é um passo importante para o sucesso do projeto. Como diria Flora Mello, uma porta foi aberta para receber apoio assim como as portas dos artesãos que se abrem aos turistas: ”a idéia do Caminho do Artesanato é justamente abrir a porta ao visitante, o que para mim que sou do Rio de Janeiro foi um desafio, pois no Rio a gente não abre a porta pra ninguém“. Em Minas, com certeza, a história é bem diferente.

Caminho Rural

No bairro N. Sª. de Lourdes, um dos poucos recantos rurais de São Lourenço, estão os seguintes pontos de visitação:

1) Flora da Serra – raízes da Mantiqueira - Flora Maria: Arte em flores secas, papel machê, guirlandas, caixas recicladas. Estrada da Areia Branca, s/n - Parque Brasilan - Tel: 3332-3645.

2) Sítio Jardim - Jerusa e Matias Flore - Queijos, mel e horta orgânica. Estrada da Conquista, s/n - Tel: 3331-6726.

3) Doces Cléa – doces artesanais Cléa e João Paulino - R. Ademar de Almeida, 245 - Tel: 3331-2058.

4) Capelinha Nhá Chica - Saída da peregrinação a Baependi - R. João Paulino, 7 – Tel: 3332-7511.

Caminho Urbano

Espalhados pelo centro urbano, e também na cidade vizinha de Carmo de Minas, estão os seguintes pontos de visitação:

5) Jorge Mendes - Arte em frutas de madeira - R. Bento Gonçalves, 670 – Tel: 3331-1940 – Estação.

6) Fundação Casa dos Meninos - Oficinas de Artesanato - R. Heitor Modesto, 270 – Tel: 3331-3899 - Visitação: 2ª a 6ª das 8h. às 17h. – Estação

7) Parada Ramon - Vilma e Luciana - Tapetes em tear e roupas artesanais - Via Ramon s/n – Tel: 3331-1647 – Ramon.

8) Olho na arte - Lívia e Branca - Arte em papel machê e papel reciclado - R. J. C. Soares, 503 – Vila Nova – Tel: 3332-2975.

9) Oficina Anjos de Minas - Beatriz Fernandes - Bonecos de pano e decoração de quarto de criança - R. Ludgero Fernandes de Oliveira, 388 – Porta do Céu - Tel: 3332-6969.

10) Brincadeira de Papel - Eli Cardozo - Arte em papel machê - R. Donário Alves Faria, 110 - Tel: 3332-5313 – Porta do Céu.

11) Bernardo ILG - Cerâmica utilitária - Alameda das Alamandas, 235 – Vale dos Pinheiros - Tel: 3331-5750.

12) Canto Pupê - Giselda Roiz - Arte em papel machê - Alameda dos Ipês, 254 – Vale dos Pinheiros – Tel: 3332-5815.

13) Fábrica das Artes - Regina e Alcione - Arte em pintura barroca (latões e madeira) - R. Drª. Maria Aparecida Chaib, 229 – Carmo de Minas - Tel: 3334-1713.

14) Frutos da Terra - Marília Coli - Arte em cabaça e papel machê - R. Dra. Maria Aparecida Chaib, 111/301 – Carmo de Minas - Tel: 334-1193.

Fonte: Jornal Correio do Papagaio

Manual do Arquiteto Descalço



Aqui você encontra as seguintes publicações:

Manual do Arquiteto Descalço
Curso de Construções Alternativas
Curso de Bioconstrução do MMA

Casa Orgânica









Bioconstrução - Projeto do Min. do Meio-Ambiente

Video do CES sobre Bioconstrução

Superadobe

CONSTRUÇÃO ECOLÓGICA - O Superadobe

permacoletivo.files.wordpress.com/2008/11/superadobe2.ppt

07-04-2005

Por Frederico P. Lenhardt
Frederico P. Lenhardt é permacultor e coordenador de comunicação do Instituto de Permacultura e Ecovilas do Cerrado (IPEC). fred.ipec@terra.com.br

Você já pensou em morar em uma casa lunar? A técnica de construção do superadobe foi desenvolvida nos anos oitenta pelo Iraniano radicado nos Estados Unidos, Nader Khalili. No superadobe as paredes da construção são erguidas com sacos preenchidos com subsolo local. O saco nada mais é do que um grande tubo de polipropileno com aproximadamente 50 cm de largura, que é adquirido em bobinas por metro ou quilo. Um pedaço do saco é cortado no comprimento desejado e vai sendo preenchido com terra através de um funil. Assim vão sendo formadas as “fiadas” que depois são apiloadas e cobertas por outra fiada, sucessivamente, até a parede ser completamente erguida.

A técnica é extremamente econômica, pois grande parte do material da construção consiste de terra e pode ser proveniente do próprio local.

A terra é também um excelente isolante natural, resultando em economia nos gastos com refrigeração e aquecimento.

O superadobe não exige mistura específica de areia/argila sendo adaptável até mesmo a regiões com solo extremamente arenoso.

A construção é muito rápida e extremamente simples, para se ter uma idéia, um pequeno grupo de cinco pessoas treinadas pode erguer em apenas vinte dias uma casa de 60m2.

A técnica também não requer grandes conhecimentos técnicos qualquer pessoa pode colaborar na construção de sua própria casa.

A técnica vem sendo aplicada pelo time de Nader há mais de vinte anos na Califórnia, já foi comprovada como segura até mesmo em terremotos, muito comuns nesta região americana. O superadobe foi introduzido no Brasil há seis anos pelo Ecocentro IPEC e se tornou o carro chefe da bioarquitetura no Instituto, que dispõe da maior construção deste tipo na América Latina, uma cozinha industrial, comprovando a viabilidade desta técnica mesmo numa obra dentro de rígidas exigências.

O superadobe ganhou popularidade quando, na década de oitenta, rendeu a Nader Khalili o prêmio em um concurso oferecido pela NASA, agência espacial americana. O concurso era voltado para arquitetos e engenheiros e o desafio consistia em desenvolver uma técnica de construção que fosse viável para a construção de uma base na lua. O Superadobe de Nader foi a técnica escolhida pelo fato de não haver necessidade do transporte de materiais até o local, pois o superadobe usaria o próprio solo lunar para o preenchimento dos sacos. Também não seriam necessários materiais, como telhas e vigas, para a construção das coberturas, pois a técnica do superadobe também permite a construção de cúpulas simplificando muito a obra.

Talvez o sonho infantil de morar na lua esteja mais próximo de você do que você possa imaginar.

www.ecocentro.org

Passes Mágicos em São Lourenço

Laurenta Associação Holística está promovendo com apoio da Prefeitura de São Lourenço, Minas Gerais, um encontro nacional de praticantes de Tensegridade ou Passes Mágicos.

Tensegridade é um sistema de movimentos de origem xamânica, divulgada através do trabalho do antropólogo e xamã Carlos Castaneda, autor de 11 obras mundialmente conhecidas sobre o xamanismo tolteca, que promove estados de bem-estar físico e mental, promovendo através do trabalho corporal alterações comportamentais que nos tornam mais aptos aos desafios da realidade que nos cerca.

Pode-se dizer que a Tensegridade é a expressão corporal da ideologia dos xamãs do Antigo México, que buscavam com intensidade a plenitude da saúde física e mental.

Próximo ao feriado Nacional de N.S. de Aparecida, que é dia 12 de outubro, 2ª feira, nos dia 10 e 11 de outubro de 2009 se dará tal encontro que é aberto, gratuito, para antigos e novos praticantes. Venham praticar conosco no ginásio de esportes Pedro Melo, na Ilha, a cerca de 500 metros do centro de São Lourenço, das 9 as 17 horas. Nossas atividades serão divididas em dois turnos, pela manhã, das 9 horas ao meio-dia, com foco nos iniciantes e das 14 às 17 horas, com foco nos praticantes antigos.



Interior do Ginásio Pedro Melo, na Ilha, em São Lourenço - MG

Bioconstrução - Projetos para Laurenta









Curso de Bioconstrução

Imagens de Laurenta - São Lourenço



Laurenta - O que é

Laurenta é uma Associação Holística, sem fins lucrativos, de utilidade pública, localizada em São Lourenço, sul de Minas, no bairro de Nossa Senhora de Lourdes, onde está a população mais carente do município, em uma área de 8 hectares considerada reserva florestal. Nascida em meados da década de 80, com o nome de Brasilan, assumiu nova personalidade jurídica a fim de cumprir sua missão.


Sua missão é tornar-se efetivamente um centro irradiador de uma visão de mundo que prima, pelo auto-conhecimento, pela saúde e bem-estar, pela ecologia em harmonia com a tecnologia, pelo holismo onde arte e ciência se dão as mãos para criar um ser humano pleno.